segunda-feira, 7 de março de 2022

AS 7 LINHAS DA UMBANDA TRADICIONAL - 7ª LINHA - LINHA AFRICANA OU LINHA DAS ALMAS

 

Este é o sétimo de diversos textos onde vamos conhecer a fundo as 7 Linhas de Umbanda da perspectiva tradicional, ou seja, a configuração das 7 Linhas pela perspectiva dos velhos Umbandistas e primeiros estudiosos da religião.

Caso você ainda não tenha lido o texto onde abordamos a Sexta Linha de Umbanda, a Linha da Demanda, você pode ter acesso através desse link aqui: http://filhosdavovorita.blogspot.com/2020/08/as-7-linhas-da-umbanda-tradicional-6.html 

Todas as informações trazidas aqui se baseiam nas obras de Leal de Souza, Lourenço Braga, Diamantino Fernandes Trindade, alguns autores Umbandistas contemporâneos e também experiências pessoais.

O propósito desses textos é buscarmos conhecer as raízes da nossa religião, entendendo de onde surgiu cada Linha, quais seus propósitos e especificidades, fazendo uma comparação com o que observamos atualmente nos terreiros.

Esperamos contribuir para o entendimento e esclarecimento dos irmãos de fé!


A Sétima Linha da Umbanda Tradicional - A Linha Africana ou Linha das Almas


Nosso propósito com esse texto é aprofundar o conhecimento sobre os espíritos e falanges que compõem a sétima linha de Umbanda e também suas funções dentro do ritual.

Como explicamos no primeiro texto, as 7 Linhas de Umbanda são uma forma de organização espiritual adotada nos terreiros de Umbanda a partir de 1908, onde os espíritos são agrupados em Linhas, Falanges, Legiões e Povos.

Essa estrutura foi baseada nas organizações militares Romanas antigas e foi se construindo e expandindo na medida que novos espíritos foram se aproximando da Umbanda.

Portanto, como uma verdadeira organização de batalha, as 7 Linhas de Umbanda foram estruturadas para que cada falange, legião e povo tenha uma função específica dentro do Ritual de Umbanda e quando agem em conjunto fazem com que o trabalho se desenvolva de forma fluída.

A Linha das Almas, ou também conhecida como Linha Africana, Yofá ou Yorimá, não é diferente.

O termo "Linha de Almas", ou linha de Santos e Almas, se dá pois nos primórdios da Umbanda enquanto o culto ainda estavam sendo formado, essa linha servia como uma “Linha de Ingresso” para todo tipo de espírito que aspirava trabalhar na Umbanda.
Destaca-se a explicação contida no primeiro livro escrito sobre a Umbanda, de autoria de Leal de Souza [1]:

"A missão da linha de santo, tão desprezada quanto ridicularizada até nos meios mais cultos do espiritismo, é verdadeiramente apostolar. Os espíritos que a constituem, mantendo-se em contato com a banda negra, de onde provieram, não só resolvem pacificamente as demandas, como convertem, com hábil esforço, os trabalhadores trevosos. (...) Depois que esse abandono se consumou, o converso não é incluído imediatamente na linha, mas fica como seu auxiliar, uma espécie de adido, trabalhando sem classificação.(...) Permitida, afinal, a sua inclusão na linha de santo, ou em alguma outra, o antigo serventuário do mal vai resgatar as suas faltas, corrigindo as alheias."  


Nesse contexto, todas as “Almas” que desejavam trabalhar nas demais falanges de Umbanda, tinham de primeiro atuar nessa linha.

A regência da Linha: 



Como já mencionado, toda Linha, Falange, Legião e Povo da Umbanda possui uma regência, ou seja, um Espírito ou Divindade responsável pelo comando e direcionamento daquele grupo de Espíritos. No caso da Linha das Almas essa configuração não fica tão clara.

Como já mencionado, a Linha das Almas possui esse nome em razão de que, no início da Umbanda, servia como uma “Linha de Ingresso”. Isso significa que todo espírito que gostaria de trabalhar na Umbanda e não se encaixava em nenhuma das outras 6 linhas, nela se incluía.

Isso fez a Linha das Almas - pelo menos no início - ser uma linha bem eclética. Composta de espíritos de diversas origens históricas e religiosas.

Inclusive, a título de curiosidade, as primeiras manifestações dos Exus na Umbanda aconteceram por essa Linha. Algumas dessas entidades, advindas da Quimbanda foram convidadas a participar do culto de Umbanda e pela linha das almas fizeram seu trabalho durante algum tempo. Antes da divisão entre “Direita” e “Esquerda” ser determinada. Tal fato pode ser constatado na Obra "A Magia, o Espiritismo e as 7 Linhas de Umbanda" do Autor Leal de Souza, já citada acima.

O fato é que por ser uma linha eclética, diversos autores associam diversos regentes a essa linha.

Alguns dos que podem ser citados são: São Roque, São Lázaro, São Bento e São Cipriano.

Além disso, com a aproximação do panteão dos Orixás Yorubás na Umbanda, algumas pessoas também passaram a associar o Orixá Omulú e Obaluaye como regentes.

Acreditamos que a conclusão mais sensata, analisando o histórico, é que nessa linha não existe apenas UM regente, mas sim um colegiado deles.

Isso significa que ao contrário das outras linhas, ao invés de ter apenas um espírito orientando as falanges, teremos alguns tomando as decisões em conjunto: São Roque, São Lázaro, São Bento, São Benedito e São Cipriano, além de claro, a influência do Orixá Yorubá Omulú.

 Quem compõem a linha:


O fato é que por mais que diversas regências sejam associadas a linha, ela é predominantemente uma Linha de Preto-Velho.

Por isso, também é muito conhecida como Linha Africana, visto que, em suas falanges, a maioria dos espíritos que se manifestam são dessa origem.

Como bem sabemos, o Brasil foi o país que mais recebeu escravizados no mundo. 5 milhões aproximadamente.

Logo podemos concluir que a maioria das “Almas” que morreram nesse país era de origem africana (e também indígena), o que justifica a predominância desses espíritos nessa linha.

As almas indígenas ceifadas neste país encontraram caminhos de trabalho na Linha das Matas. Já as almas africanas, encontram na sétima linha seu lugar de atuação.

  

Função da Linha:



Como já mencionado, a Linha das Almas é, por natureza, eclética. Isso faz com que seja a linha mais “flexível” da Umbanda em termos de atuação.

A magia africana, por si só, tem diversas finalidades. Cura, fortalecimento, limpeza espiritual, proteção, quebra de demandas, desobsessão, benzimentos, encaminhamentos, entre outras.

Isso faz com que a função dessa linha não seja algo delimitado. Permitindo que os pretos-velhos atuem nas mais diversas frentes.

Comumente nos terreiros essas entidades atuam, benzendo, curando e aconselhando. Mas o trabalho não se limita a isso.

Ao conhecer o seu preto-velho na sua origem, se aprofundando na sua cultura, ele pode te mostrar diversas frentes de trabalho espiritual que você nem imagina em um primeiro momento.

Portanto, seja curioso. Pergunte. Estude as origens africanas daquele que te acompanha. Você só tem a ganhar com isso!

Em tempos de "modismo" nos terreiros de Umbanda, onde apenas os trabalhos com Exus, Pombagiras e Malandros interessa e atrai a atenção dos "médiuns", um grande cabedal de conhecimento histórico, cultural e magístico, de grande poder e luz está sendo deixado de lado.


As falanges que compõem a Linha Africana

 

A primeira falange - Cabinda ou Povo da Costa


 

É chefiada por Pai Cabinda.

A região de Cabinda, por mais que fosse um território de Angola, ficava dentro da região do Congo. Foi um grande porto de escravos e além disso reunia quase todas as culturas africanas em uma só região. Isso fez com que práticas religiosas de toda África pudessem ser encontradas nesse território.

Os Pretos-Velhos dessa falange geralmente foram líderes comunitários e portanto trazem um perfil doutrinador, educador e influente. Pregam muito pela devoção a Nzambi (Deus) e gostam de ver o trabalho se desenvolvendo e as coisas em movimento. São aqueles que fazem o trabalho acontecer.


A segunda falange - Povo do Congo


É chefiada pelo Preto Velho Rei Congo, uma figura muito enérgica e de postura firme. Essa falange é composta por Pretos-Velhos de perfil curandeiro que dominam a lida com os elementais d'água devido a experiência que tiveram em vida navegando o gigantesco Rio Do Congo.

É nessa falange que se apresentam os grandes Kimbandas, líderes comunitários e curandeiros que eram uma figura central nas Tribos Bantus. Foram figuras extremamente importantes para resistência do povo Bantu ao processo de conversão religiosa trazido por Portugal.

A região do Congo foi um centro importante e um dos maiores pontos de conexão Portuguesa com o povo Bantu, devido a conversão do Manicongo da época ao cristianismo.


A terceira falange - Povo de Angola


A grande maioria dos Pretos-Velhos que costumamos ver no terreiro vêm dessa falange. Isso porque os Pretos Velhos de Angola geralmente são figuras brandas, mais calmas e alguns deles em vida foram catequizados antes de chegar ao Brasil.

Na região de Angola, ao contrário das outras regiões do continente Africano, grande parte da população já havia adotado a fé e costumes cristãos antes mesmo de começar o processo de escravização e envio para o Brasil. 

Muitos negros já possuíam uma forte devoção com santos católicos, sendo que muitas vezes mesclavam o catolicismo com as crenças regionais. Esse fato é muito interessante e, inclusive, é abordado no capítulo 18 do Livro Escravidão - Volume II, de Laurentino Gomes, intitulado "O Sagrado" destaca-se [2]:

"(...) Por esse ponto de vista, o sincretismo religioso seria apenas um disfarce para a continuidade das práticas religiosas de matrizes africanas que os homens brancos não viam com bons olhos e procuravam reprimir. O historiador mineiro Eduardo França Paiva garante que nem sempre foi assim. Tampouco essa ideia poderia ser generalizada  para todas as regiões e todo o período escravista. Houve muitos africanos e mestiços que adotaram genuinamente a religião cristã e se tornaram devotos fervorosos. Houve também os que fizeram isso, mas não abandonaram , parcial ou integralmente, práticas religiosas africanos ou afro-brasileiras.  Nesses casos, não julgavam esses cultos antagônicos e não optaram pela exclusividade pregada na catequese durante muito tempo aceita e incorporada por aqueles que escreveram a história. (...)"    

É errado pensar que todos os negros que vieram da África cultuavam Orixás e que aqui foram obrigados a sincretizá-los com santos católicos. Na verdade, apenas uma pequena parcela de africanos cultuavam Orixás, apenas os negros vindos da região onde hoje é a Nigéria e Benin, cultuavam Orixás. O restante dos povos, tinham outras crenças, como por exemplo os Malês que eram Islâmicos e uma parte da região de Angola que já tinha forte relação com o catolicismo. Assim, muitos negros não adotavam simplesmente um santo católico aleatório para representar um Orixá, mas tinham de fato, fervorosa devoção a esse santo.  

No começo do tráfico negreiro para as colônias portuguesas, eram enviados apenas aqueles escravizados que não haviam se convertido ao catolicismo e depois, ante a demanda de mão de obra cativa para os trabalhos no Brasil, passaram a enviar até mesmo os que eram cristãos.

Por conta desse fator é muito comum encontrar nessa falange espíritos benzedeiros e rezadores que trabalham usando o terço católico e a magia cristã, pois já utilizavam isso em vida.

Eles são os verdadeiros terapeutas da alma, escutando as aflições dos filhos e trazendo a compaixão que já se tornou comumente associada aos pretos velhos dentro da Umbanda.

Muitos deles se apresentam com a terminologia "Das Almas", "Do Cruzeiro" ou até "Da Mina ou Elmina".

A quarta falange - O povo de Benguela

 


O povo de Benguela é chefiado por Pai Benguelê.

Os Pretos-Velhos desse povo geralmente são curandeiros que têm um grande domínio sobre os recursos da macaia e por conta disso geralmente trazem em seu nome o adjetivo "Da mata", como Pai João da Mata ou Pai Benedito das Matas por exemplo.

São Preto-Velhos extremamente calados, observadores e não gostam de trabalhar em meio a aglomerações. Em terreiros onde existe liberdade para que a entidade se movimente, esses Pretos-Velhos costumam trabalhar afastados das pessoas ou de onde está acontecendo a sessão trabalhando sozinho em seu canto.

O termo Benguela além de ser o nome de uma das primeiras regiões da África a enviar escravos para as Américas, também significa algo como opaco ou escuro, remetendo de certa forma a ligação desses pretos-velhos com a macaia ou a mata virgem.


A quinta falange - Povo de Moçambique


 
O Povo de Moçambique é comandado por Pai Jerônimo.
 
Os Pretos-Velhos desta falange são verdadeiros fazedores de feitiços, são combativos e trabalham literalmente no enfrentamento dos chamados "obsessores" ou espíritos perturbadores.
 
Não são Pretos-Velhos dóceis como a maioria dos Pretos-Velhos que costumamos ver na Umbanda, os Pretos de Angola.
           
A região de Moçambique fica mais no interior do continente africano e inicialmente era ocupado por povos "Caçadores e Coletores" ou povos nômades. Com o passar do tempo começou a receber influência do povo Bantu que lhes apresentou o ferro e trouxe novas tecnologias para a extração de recursos da natureza.

A sexta falange - Povo de Luanda

 

O povo de Luanda tem o comando do Pai Francisco. Essa falange é composta basicamente por Pretos-Velhos que em vida foram líderes militares tribais e generais africanos, tendo inclusive feito parte da resistência militar à colonização.

São Pretos-Velhos muito mais aguerridos e enérgicos e trabalham no embate direto contra os obsessores. Não gostam de indisciplina e repreendem de forma direta qualquer "vacilo" do filho de fé.


A Sétima falange - Povo de Guiné


O povo de Guiné é comandado por Pai Guiné ou também conhecido antigamente como Zunguiné.

As entidades que compõem esse Povo são de longe, aqueles que possuem mais conhecimento e sabedoria dentro da linha dos Pretos-Velhos.

São entidades que em vida foram os grandes Tatas e Mulojis, ou seja, mestres africanos que foram versados nas artes místicas e da magia. Esses Pretos-Velhos detém grande parte do conhecimento mágico da Umbanda, no pé deles está a "Mironga" ou "Macumba" Umbandistas.

Esses espíritos por fazerem parte da sétima falange da sétima linha de Umbanda, são os responsáveis por fazer a conexão entre o Reino de Exu (Exu e Pombogira) com a Umbanda, sendo dito que são esses Pretos-Velhos que "abrem a porta do Reino para que Exu se manifeste".

Outro fator interessante é que essa falange de Guiné é composta por Povos Bantos e também Povos Malês, fazendo com que os antigos Mandingas militem ali.

“Malê” é a forma como os africanos bantus, chamavam os africanos convertidos ao islã.

Esses “Malês”, também conhecidos como MANDINGAS, eram negros alfabetizados e portanto tinha uma posição de destaque na sociedade. Muitos trabalhando em bibliotecas ou na “casa grande”.

Costumavam carregar um saquinho de couro no pescoço que continha algumas escritas do Corão (o livro sagrado do Islã). Esse saquinho era chamado patuá.

Por conta dessa posição de destaque, os mandingas, não apanhavam ou sofriam as torturas que “os negros comuns” sofriam. Diante disso, alguns escravos tentavam se passar por eles para fugir das atrocidades da escravidão.

Nessa tentativa, passavam a usar um patuá no pescoço, buscando enganar os senhores.

O problema é que muitos Mandingas confrontavam esses negros africanos de outras etnias. Na tentativa de desmascará-los eles os obrigavam a ler os escritos do Corão que carregavam dentro do seu patuá.

Como os negros de outras etnias não sabiam ler, logo eram desmascarados.

 Disso surgiu o ditado: “Quem não pode com mandinga, não carrega patuá”.


Trabalho prático da Linha:

 


Desconfie de qualquer pessoa que queira ensinar sobre Preto-Velho sem citar nenhuma vez a palavra ANCESTRALIDADE.

Ancestralidade é a palavra de ordem quando tratamos da Linha das Almas, de Preto-Velhos e também da Umbanda.

Ancestralidade significa HONRAR SEUS ANCESTRAIS, ou seja, reconhecer a caminhada daqueles que vieram antes de você.

Você só pode estar respirando neste momento porque seus pais, seus avós, seus bisavós, seus tataravós e muitos ancestrais antes deles, trilharam uma caminhada que te permitiu nascer.

Para que você possa estar lendo esse blogue hoje, você precisou de 2 Pais, 4 Avós, 8 bisavós, 16 trisavós, 32 Tetravós, 64 Pentavós, 128 Hexavós, 256 Heptavós, 512 Oitavós, 1024 Eneavós e 2048 Decavós! Apenas o total das 11 últimas gerações, foram necessários 4.094 ANCESTRAIS, tudo isso em aproximadamente 300 anos antes de você nascer! [3]

A sua vida só é possível porque eles (seus ancestrais) pavimentaram o caminho.

Reconhecer isso é importante, para que você nunca esqueça quem é, de onde veio e para onde está indo.

É importante, porque uma das nossas missões nessa vida é curar a nossa ancestralidade. Ajudar a família a qual viemos nessa encarnação a se curar dos defeitos e fortalecer as virtudes que a compõem.

Estar conectado a sua ancestralidade pessoal é ter uma ligação direta com uma fonte inesgotável de Axé.

É ter ao seu lado, espíritos que querem o seu bem pois não tem só uma ligação espiritual com você, mas uma ligação sanguínea.

Muitos Umbandistas querem se conectar com os mais diversos espíritos, muitas vezes forçando ligações que não acontecem naturalmente.

Mas esses mesmos Umbandistas se recusam a rezar e honrar as almas dos seus próprios antepassados.

Afinal eles não são um “arquétipo”. São apenas pessoas com defeitos e virtudes. Pessoas que podem muitas vezes ter te magoado.

Mas antes de querer “evoluir”, você precisa ACOLHER as almas dos seus ancestrais. Pois eles são e sempre serão a sua base.

É deles que você herdou suas predisposições genéticas e também espirituais. Eles são a sua raiz enquanto pessoa.

Da mesma forma que um fruto acaba morrendo quando se desconecta da sua árvore, uma pessoa acaba se enfraquecendo quando se desconecta da sua raiz.

Do mesmo modo, na medida que você se reconecte com a sua raiz, você se fortalece de forma material, espiritual, na saúde…

E o que isso tem a ver com preto-velho?

Resposta: TUDO!

O preto-velho nos lembra a nossa ancestralidade enquanto país, nação e povo. Nos lembra a honrar os mais velhos. A valorizar a sabedoria daqueles que vieram antes de nós. Aqueles que perderam tudo em razão da escravidão, mas não perderam a fé!

Eles nos conectam ao axé ancestral da Mãe-Africa e nos benzem seguindo os mesmo moldes que são usados há tempos. Passados de geração em geração.

 Existe resgate da ancestralidade maior do que esse?

 Portanto, quando ver um preto-velho sentado no toco lembre o que ele representa.

 Ele é um lembrete para que você honre os seus antepassados. Para que você valorize o axé deles que corre nas suas veias. Para que você lembre o poder de estar conectado a sua árvore.

 Isso pode operar mudanças gigantescas na sua vida.


Texto de Lucas Martins

Revisão Jefferson L. Grossl


Bibliografia:


[1] SOUZA, Leal de. O Espiritismo, a Magia e as 7 Linhas de Umbanda. 2ª ed. Limeira, SP: Editora do Conhecimento, 2008, p. 85-86.


[2] GOMES, Laurentino. Escravidão: Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de dom João ao Brasil. Volume 2, 1ª Ed. Rio de Janeiro: Globo Livros, 2021, p. 272.


[3] http://www.campoere.com/noticias/15764/pare-e-pense-em-11-geracoes-quantas-pessoas-sao-necessarias-pra-voce-nascer acesso em 7.3.2022 às 21h09m. 

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